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Terapias do bem-estar

Com este projecto, quero ajudar a que todos possam usufruir de toda a informação que transmitimos, trabalharem o vosso auto-conhecimento e o vosso auto-controlo para superarem qualquer desafio.

Terapias do bem-estar

Com este projecto, quero ajudar a que todos possam usufruir de toda a informação que transmitimos, trabalharem o vosso auto-conhecimento e o vosso auto-controlo para superarem qualquer desafio.

A Educação e as Emoções


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À nossa volta tudo parece menos bem. Sentimos as angústias e as frustrações de quem nos rodeia. O ódio e a raiva dos seus argumentos. Queremos ajudar da melhor maneira mas ninguém quer ouvir. Conversamos sobre possíveis soluções mas ninguém quer entender. "Porquê?" Dizia eu quando me deparava com tais inquietudes.

 

Uma base militar da Marinha foi notícia quando a própria gestão foi mudada. Antigamente as pessoas tinham fracos desempenhos nas suas provas porque a forma como os seus instrutores comunicavam era muito agressiva, muito autoritária e isso desmotivava os recrutas. Quando o sistema da gestão foi mudado, a própria aprendizagem também mudou. Começou por haver uma maior motivação quando os próprios instrutores começaram por transmitir mais energia através do afecto e de elogios. O próprio tom de voz era electrizante e inspirador perante os desafios que lhes propunham. Os recrutas sentiam-se valorizados e isso gerava um energia positiva que partilhava pelo grupo todo. Havia mais confiança e auto-estima. "Eu agora sinto-me bem aqui" dizia um recruta.

 

As expressões faciais, os movimentos, os gestos que as pessoas demonstram, o medo, a imposição perante aqueles que os escutam, a forma de falar, andar ou sentar revelam algo sobre quem nós somos e sobre o que sentimos, isto, porque reflecte-se na maneira como vemos a realidade. Muitas das vezes não estamos cientes das mensagens contraditórias que transmitimos: falamos uma coisa, mas a nossa linguagem corporal revela outra e é importante desenvolver capacidades emocionais como a auto-consciência: ter a noção dos nossos comportamentos, a consciência emocional: identificar as nossas proprias emoções e as dos outros, o auto-domínio: adaptar às situações e conseguir gerir as nossas próprias emoções. 

 

O Ser Humano é um Ser fantástico por si só, imensamente complexo e que possui capacidades que, algumas vezes, não temos a consciência como usufruir delas. Todos nós podemos superar desafios, construir poderosos equipamentos, realizar grandes proezas, resolver os mais variados cálculos. Contudo, deixamos influênciar-nos pelas situações mais simples onde parámos completamente sem saber o que fazer e muitas das vezes escolhemos o caminho fazendo decisões erradas.

 

Como gosto bastante de filosofia e ciências sociais nao podia deixar de pesquisar sobre como é que os filósofos e os cientistas à uns séculos atrás pensavam e agiam. E descobri que no século XVII quando René Descartes publicou, em 1637, o livro Discours de la Méthode, o matemático e filósofo francês afirmava "Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe" e, em outro momento, "je pense, donc je suis", traduzido para o português "somos humanos porque pensamos" refletiu-se na maneira como se comportavam antigamente onde pude analisar que a sociedade lidava uns com os outros através da razão e do conhecimento adquirido como por exemplo, distinguiam-se no domínio das línguas clássicas, do raciocínio matemático, das ciências ou da filosofia e o principal factor no desenvolvimento humano era somente o raciocínio, a concentração e a memória.

 

Mas, essas funções cognitivas, desempenham um papel fundamental para a maneira como nós agimos. Termos habilidade de sermos independentes é fundamental: Decidir, escolher, actuar, são verbos que têm a capacidade de gerir e de planear o que queremos, a capacidade de tomarmos atenção ao que é melhor para nós e daquilo que realmente gostamos e sentimos bem. Além disso, temos de compreender que o que fazemos, tanto as atitudes negativas quanto às atitudes positivas, relacionam-se na maneira como interagimos uns com os outros e é preciso saber sermos resilientes e consciêntes para que as emoções e os actos negativos dos outros não nos afectem, isto porque somos constantemente influenciados pelas emoções dos outros. É preciso ter "estofo" para lidar com as atitudes menos boas. Uma certa coragem para prosseguir com os nossos valores. O que quero dizer é que os nossos comportamentos e atitudes podem dificultar o nosso raciocínio lógico quando confrontados com emoções negativas, o que resulta na interferência da nossa aprendizagem quer a nível pessoal quer nas nossas relações intrapessoais.

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Para compreenderem a importância das emoções no nosso desenvolvimento pessoal e nas nossas relações com os outros, é importante salientar que devemos auto-disciplinar-nos, ser inteligentes emocionais, isto é, conseguirmos identificar os nossos proprios sentimentos e os dos outros, conseguirmos motivação e saber gerir bem as nossas emoções, praticar o auto-controlo e a empatia e desenvolver uma aceitação incondicional de nós mesmos e dos outros.

 

Segundo estudos da neuropsicopedagogia, as necessidades de afecto potenciam e influênciam a maneira como interagimos, aprendemos e evoluímos. É através de uma aprendizagem rica em experiências isto é, é através de processos de mudança, de conhecimentos, informações e comportamentos positivos que adquirimos, que levam-nos a estados emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais gratificantes. São estas experiências que nos levam a compreender as coisas de forma intrínseca onde somos valorizados para assim prosseguirmos com mais motivação os nossos conhecimentos/objectivos.

O livro “Cérebro aprende pelo afecto e emoção” da professora Marta Relvas explica que, a maneira como aprendemos é um mistura entre as capacidades cognitivas como a memória, atenção, concentração e as capacidades afectivas/ emocionais que se relacionam com as necessidades (interesses e desejos) através de estímulos intrínsecos (neurotransmissores/hormonas) e extrínsecos (informações externas do ambiente) que ocorrem no nosso cérebro.

 

Inscrevi-me numa formação sobre técnicas de atendimento a partir do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em Matosinhos, Portugal onde conheci a formadora Georgina Picotez que me deu a conhecer a palavra Andragogia. Aliás, ela mostrou-me o que quer dizer ao longo das suas sessões. Começamos por ser desafiados através de jogos didáticos a apresentar-nos individualmente a frente de todos, a falar um pouco sobre nós próprios, o que fazemos e o que gostariamos de fazer, as nossas experiências, quais são os nossos pontos fortes, as oportunidades que queremos, as nossas fraquezas, as vulnerabilidades que pretendemos desafiar, os nossos objectivos, a nossa missão de vida, os nossos valores etc. Ao longo de toda a formação a formadora conseguiu motivar-nos através da sua capacidade afectiva, a sua dinâmica, optimismo e de conseguir conhecer individualmente cada um de nós para se adaptar às nossas dificuldades. Começou por contar experiências da sua vida para que tentassemos compreender o seu ponto de vista o que ajudou a potênciar as capacidades de cada um. Para compreenderem o conceito de Andragogia, foi Malcolm Knowles em 1970 que creditou o termo para definir a educação para adultos mas foi o educador Pierre Furter que em 1973 definiu como uma educação ampla do ser humano para qualquer idade. Ele considera que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem onde são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que os irá sastifazer nas suas vidas.

 

Se conseguirmos educar as nossas emoções e usa-las eficazmente na aprendizagem e em nós mesmos estamos a criar um maior controlo sobre os impulsos, sobre situações agressivas e permitimos ser mais sociaveis. Ao aprender a comunicar de forma mais saudável o nosso estado emocional, desenvolvemos relações mais positivas, motivadoras e inspiradoras ao longo da vida, com base nas experiências vividas, no respeito e na assertividade. Ao permitir praticar a Inteligência Emocional estaremos a dar-nos a oportunidade de evoluir de forma benéfica e tranquila protegendo contra possíveis perturbações de foro psicológico, como ataques de panico, depressões e ansiedades tornando-nos mais resilientes a eventuais situações criticas. 

Meditação na educação


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Acredito que qualquer instituição de ensino seja infantários, creches, escolas básicas e secundárias, deva ter programas pedagógicos extracurriculares para ensinar aos seus alunos, os princípios básicos da meditação. Acredito nos valores e na capacidade que esta ferramenta possa ajudar como prevenção para as crianças potenciarem os seus talentos. É uma prática perfeitamente saudavel e cada vez mais as escolas portuguesas têm aderido a esta ferramenta. A meditação desenvolve capacidades como a motivação, a concentração, a auto-confiança, o equilíbrio e serenidade emocional, em formas mais felizes de estar e relacionar-se numa expressão mais consciente das suas próprias emoções, um maior respeito uns pelos outros, uma comunicação mais assertiva e menos defensiva ou automática, uma forma de estar menos agressiva, ansiosa ou agitada. É uma pratica que não apresenta resultados de um dia para outro, nem resolve os problemas de forma imediata, por isso é preciso uma aprendizagem estruturada e contínua com acompanhamento dos seus encarregados de educação e/ou professores.

Existe várias técnicas e exercícios para a meditação e hoje vou falar de uma que, para mim é extremamente importante, a técnica do Mindfulness: Consciência Plena. É uma técnica de concentração, um estado mental de controle sobre a capacidade de se concentrar nas experiências, actividades e sensações do presente. Para atingir este estado, o individuo deve concentrar-se, durante um determinado de tempo num determinado objecto ou nas nossas próprias reacções do corpo como por exemplo, a respiração, nos batimentos cardíacos ou nas nossas próprias sensações.

O Mindfulness pode ser praticado, sentado ou deitado e silencioso ou mantendo-se concentrado no momento presente durante alguma tarefa quotidiana como por exemplo, lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, almoçar/jantar, etc. Habitualmente, a prática da meditação com foco na respiração ou na análise corporal é importante para aprender a sustentar a atenção e a tomar consciência do momento presente onde oferece a vantagem de promover a disciplina necessária para a aquisição de tais habilidades o que envolve sensações, pensamentos, sons, etc.

Tive a experiência de praticar esta técnica com a professora Daniela Marto, que agradeço imenso, onde nos ensinou a meditar seguindo os princípios do mindfulness. Deu-nos um exercício para que pudéssemos reflectir sobre as nossas emoções e com isso desafiou-nos educadamente para que descrevêssemos, seja em palavras, imagens ou símbolos, de forma pessoal e individual, o que cada emoção significava para nós, conforme podem verificar na imagem abaixo:

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Depois de descrever as nossas emoções, aplicamos as técnicas de mindfulness onde a concentração foi e deve ser de modo pleno, aberto e sem qualquer julgamento sobre as sensações observadas. A ideia desta técnica é “viver o momento presente”.

Este exercício é excelente para que se tome consciência das capacidades emocionais e como geri-las da melhor forma nos mais variados ambientes. É útil para que a criança cresça a saber distinguir e compreender cada emoção que por sua vez, desenvolve a empatia, a compaixão e a sua integridade pessoal.  

Na neuropsicologia a meditação é vista como um "instrumento" útil e melhora muitos aspectos cognitivos como a memória, a concentração, o raciocínio, a imaginação, o pensamento, a linguagem, etc. Estudos mostraram que ela pode activar certas áreas cerebrais, como aquelas relacionadas ao bem-estar. Isso se deve à plasticidade do cérebro; isto é, ele possui a capacidade de desenvolver novas ligações, na medida em que é estimulado. A meditação é um desses estímulos e, de acordo com o tempo e regularidade da prática, os efeitos cerebrais/físicos/comportamentais podem ser ampliados. Alguns estudos demonstram alterações neurofisiológicas específicas quando a pessoa está meditando, como a redução do consumo do oxigénio, o que indica, por consequência, uma diminuição do metabolismo. A conclusão é de que a prática propicia um padrão de hipometabolismo basal, apesar do estado de alerta em que a mente se encontra. Outra descoberta consiste na verificação de que a prática meditativa associou-se à activação do córtex pré-frontal esquerdo, o qual está relacionado a afectos positivos e a maior resiliência. Esta prática passou a ser objecto de estudo na medicina psicoterapêutica e na psicologia comportamental como parte de uma serie de programas para a redução do stress, pois nos dias de hoje vivemos numa correria infernal e meditar é um caminho de bem estar. É uma pratica essencial para aprendermos a “correr” com qualidade e sabedoria. As pesquisas provam a sua eficácia e como prática milenar não faz parte de modismos passageiros. Não há nenhuma contra indicação. Portanto, experimente e ensine aos mais novos.

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Empatia

A empatia é uma capacidade social adaptativa e uma componente essencial na inteligência emocional.

Nos tempos de hoje existe cada vez mais uma propensão a perturbações mentais como a ansiedade, ataques de pânico, à falta de concentração e incompreensão. Para combater estes problemas, precisamos de ter consciência de qualidades importantes e tomar conhecimento que todos temos e que somos capazes de usa-las. Capacidades essas, como a empatia, a compaixão e a integridade, que devemos explorar ao longo da nossa jornada para lidarmos com o meio envolvente através do nosso desenvolvimento pessoal.

É certo que cada vez mais, é muito dificil encontrar pessoas que estejam dispostas a compreender os outros. Requer um certo esforço e aqueles que o fazem tendem a fazê-lo com alguma manipulação e interesse. Perdemos a motivação e o interesse de comunicar com os outros. Acabamos deprimidos e isolados pela tamanha apatia que assola no mundo. Perdemos a esperança num mundo cinzento e que não nos traz nada de bom. Para lidar com isso é preciso respirar fundo, aceitar essa realidade e usar o nosso próprio auto-domínio, a nossa inteligência e conhecimento para escutar os outros plenamente com o intuito de compreender o que a pessoa quer transmitir, tomar consciência da informação que se escuta afim de entender os sentimentos que a pessoa está a dizer e fazer para conseguirmos de alguma forma entender toda a história por de tras daquela(s) pessoa(s) e agir de acordo com os nossos principios. Ter a percepção de que ninguém a não ser nós próprios, pode deitar-nos abaixo. Temos de fazer essas escolhas. Cuidar-mos das nossas emoções e dos nossos pensamentos e o que não nos enriquecer deixar fluir.  O mundo nunca foi como queriamos e é por isso que a empatia é essencial para nos inspirar e requer o máximo de nós próprios a fim de conseguirmos lidar conosco e com a nossa sensibilidade para comunicar com quem nos rodeia.
 
Uma amiga minha trabalha numa empresa de uma cadeia famosa de supermercados onde vendia produtos frescos e biológicos e questionava-me porque é que não conseguia vender os produtos de forma exemplar. Ficava deprimida e com receio de ser despedida. Expliquei lhe que a melhor forma de ela ter sucesso era através da empatia. Se ela usasse esse talento que tem com os amigos, nos seus clientes e preocupar-se com eles, fazendo perguntas, "o que queria", "o que gostava", "o que lhe trazia por aqui" e dando a devida atenção e importância, acabava por satisfazer as necessidades dos seus consumidores, o que levaria a que comprassem o produto pelo carinho e prestação que ela lhes dava. A compaixão era maravilhosa dizia-me ela. Sorriso encantador e um brilho que dava para ver à distancia. É certo que com estas informações garantiu-lhe mais um ano de contrato e estava felicíssima com as suas capacidades e conseguiu que se tornasse mais generosa e humilde. Os clientes estavam radiantes com o seu jeito de ser.
 
Outro exemplo para explicar a importância da empatia, vou falar da experiência que se passou no ambiente de trabalho de uma grande amiga minha licenciada em ciências da saúde. Ela queixava-se frequentemente sobre o desgaste emocional quando chegava a casa depois de atender uma média de sessenta clientes por dia. Não compreendia onde poderia estar a raíz do problema. Questionei-lhe sobre o que sentia enquanto trabalhava e respondeu-me freneticamente que era uma pessoa empática e que adorava o que fazia pois compreendia as dores dos outros e isso satisfazia o seu desejo de ajudar os seus clientes e a tornar o mundo mais acessível. Comecei por explicar que a empatia é uma grande capacidade que requer muita compaixão pelo outro mas é preciso uma certa integridade para que a dor dos outros não nos afecte. É preciso auto-confiança no que se está a fazer, isto é, na capacidade de domínio de lidar com os outros e consigo mesma, de gerir as suas próprias emoções e tambem ter consciência que as dores dos outros não são nossas. É preciso ter uma certa precepção no mundo que nos rodeia e termos a perfeita noção daquilo que somos e daquilo que fazemos.
 
Para explicar a importância da integridade com a empatia nas relações sociais, vou relatar exemplos que me aconteceram recentemente e que nos ajuda a ter consciência e compreensão para que possamos desenvolver cada vez mais estas faculdades mentais.
Recentemente numa aula sobre empreendorismo e comunicação assertiva onde falamos de aspectos relativamente às competências interpessoais, a professora estava a explicar que a empatia pode ter armadilhas quando interagimos com os outros. A empatia pode ser usada como meio de manipulação e conquista, dizia a professora. E ela estava certa no que dizia. Quando queremos conquistar alguém, procuramos instintivamente os interesses sobre essa pessoa para poder encanta-la. Esse instinto que a maior parte das pessoas usam é a sua capacidade de empatia que têm com os outros. O mesmo se passa com os manipuladores e castradores que querem a nossa atenção. Eles limitam-se a usar a sua empatia para procurar informações e interesses para poder usar para os seus fins. Eu chamo a essa capacidade de "falsa empatia", é como se usasse só parte dela. Para saber lidar com estas artimanhas precisamos da nossa integridade pessoal e da nossa auto-confiança para sabermos o que realmente queremos e que necessidades precisamos para que nao nos deixem enganar.
 
Outro exemplo que me aconteceu foi com um amigo e formando da nossa turma. É uma pessoa com valores muito rigidos, centrado nos seus domínios pessoais e não deixa que ninguém o explore a não se que o faça voluntáriamente. É uma pessoa dificil de lidar e com opiniões bastante marcadas pelo seu percurso de vida e quando discorda com alguem tende inconscientemente a ser agressivo na maneira com fala provocando grandes frenezins. Para uma pessoa, receber estas discuções é doloroso e se a pessoa não tiver controlo nas suas emoções tende a responder de forma espelhada à outra pessoa. A integridade acaba por ajudar na gestão das emoções e na auto-confiança para que não seja moralmente humilhado nem insultado. Termos a capacidade de resiliência para não compactuar com as agressões psicologicas do outro e sair quando o momento for oportuno.
 
Na neuropsicologia esta habilidade tem duas componentes: uma cognitiva (relacionada com a capacidade para compreender os processos mentais das outras pessoas) e uma emocional (reação perante o estado mental de outra pessoa). Actualmente acredita-se que os neurónios-espelhos foram um componente essencial no desenvolvimento da capacidade social e comunicativa do ser humano.
Os neurónios-espelhos estão associados à "teoria da mente", a capacidade que temos em averiguar o que a outras pessoas estão a pensar e quais as suas intenções. Compreendemos os estados mentais das outras pessoas simulando-os no nosso cérebro para poder empatizar com quem se relaciona connosco. 
 
Em suma, a empatia acaba por ser uma capacidade comunicativa e social que possuímos para compreender as emoções dos outros e partilha-las. Requer algum esforço para lidar com esta habilidade e para poder usar-la é preciso uma certa compaixão, integridade e resiliência. É crucial numa interação social adaptativa e uma componente essencial na inteligência emocional. É uma faculdade mental que se desenvolve e é essencial na nossa sobrevivência e nosso bem estar.